São Paulo – Um manicômio tributário. Foi assim que o presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Paulo Rabello de Castro definiu o atual cenário brasileiro, afirmando que todo o esforço do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles para aprovar medidas de controle de gastos pode não ser suficiente.
Para ele, que participou do 2º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, realizado pela Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) nesta segunda-feira (19), seria preferível fazer um sobresforço em 2017 para ter uma regra mais inteligente, com controle pela administração da despesa nominal corrente em relação ao PIB nominal. “Essa regra da PEC [do teto] é uma torcida pela inflação, tem que ser uma torcida pelo PIB nominal”, disse Rabello.
Durante o painel “Como tirar o Brasil do buraco que se meteu ou onde enfiaram o Brasil”, o presidente do IBGE destacou que a taxa de retorno no Brasil nos últimos anos tem sido muito fraca, porque, segundo ele, “ultimamente algum cupim estava comendo a taxa de retorno”.
Rabello disse que é preciso superar o rentismo financeiro ou o país não conseguirá resolver seus problemas. Segundo ele, 25% da atual dívida do Brasil ocorre por conta da alta taxa de juros, ou seja, a política monetária atual é responsável por R$ 1 trilhão da dívida. O economista diz que não se trata de suspender o pagamento da dívida, mas é preciso saber lidar com os maiores problemas que temos. “País que tem esse tipo de dissonância cognitiva não tem o direito de crescer”, completou.
Fonte: Infomoney – 19/09/2016
Um pensamento em “Nós estamos vivendo em um manicômio tributário, diz presidente do IBGE”
Essa situação não é nova. Não estamos vendo o movimento necessário para controlar as finanças. Falar em pacto não ajuda, ninguém acredita mais. Até parece que a fera está do outro lado da grade, sem ter como estraçalhar os incautos desavisados.
Governos fracos e grupos organizados na exploração alheia resulta em mais depressão.